Governo investe 27 milhões na recolha de biorresíduos

Foto: EMARP

As Áreas Metropolitanas e Comunidades Intermunicipais do país, onde se inclui a AMAL, que reúne os 16 municípios do Algarve, vão receber uma verba de 27 milhões de euros para a implementação de projetos relacionados com a recolha seletiva de biorresíduos.

O valor será atribuído pelo governo, através do Ministério do Ambiente e Energia, com financiamento do Fundo Ambiental, a estas entidades que são as responsáveis pela implementação dos projetos e sensibilização dos cidadãos. Assim, a verba servirá para financiar vários tipos de ações, desde a aquisição de equipamentos para esta recolha seletiva até à criação de compostagem comunitária e implementação de sistemas de monitorização, explica o Governo.

A iniciativa visa promover a reutilização e a reciclagem de biorresíduos, contribuindo para a redução do envio destes para os aterros, ao mesmo tempo que estimula a economia circular.

Inserido no programa ‘RecolhaBio’, a medida permitirá que os municípios consigam aumentar a capacidade de promover esta recolha seletiva e sua reciclagem, além da sensibilização da população em relação à importância da separação destes elementos para a execução de práticas mais conscientes para o ambiente.

Este investimento é o valor mais elevado desde que o projeto foi lançado e representa mais do dobro em relação aos 13 milhões de euros atribuídos em 2023. Também o número de municípios que faz a recolha seletiva de biorresíduos tem vindo a aumentar, estando agora nos 60 por cento, um número que, “apesar dos esforços, ainda não é suficiente para o cumprimento das metas comunitárias de Preparação para Reutilização e Reciclagem (PRR)”, refere o Ministério do Ambiente.

“O Governo está a trabalhar, em estreita colaboração com os municípios, Comunidades Intermunicipais e outros parceiros, para promover a economia circular e reduzir o impacto ambiental dos resíduos. Com estes protocolos estamos a dar passos importantes para uma gestão mais eficiente e responsável dos nossos resíduos, incentivando as autarquias, enquanto nos aproximamos das metas europeias”, referiu Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia.

Entre as iniciativas financiadas, a tutela destaca projetos como a infraestruturação de pontos de recolha e aquisição de sacos óticos, a compostagem comunitária e doméstica, a monitorização e tecnologias de informação, a capacitação e sensibilização, onde se incluem iniciativas de educação ambiental para promover a correta separação de resíduos e a utilização dos compostos resultantes.

“Esperamos, com este investimento, permitir aos municípios equiparem as suas infraestruturas, sensibilizarem os cidadãos e promoverem a compostagem, contribuindo para a criação de um círculo virtuoso de gestão de resíduos”, conclui Maria da Graça Carvalho.

You may also like...

Deixe um comentário