Lagos deu a conhecer resultados de estudo sobre o estado do setor da saúde no concelho
O Plano Municipal de Saúde e de Desenvolvimento para o Cluster de Saúde e Bem-Estar de Lagos foi apresentado recentemente, junto de um conjunto de entidades e agentes locais e regionais ligados às mais diversas áreas de atividade.
Com a transferência de competências da área da saúde para as autarquias, as responsabilidades nesta área tão sensível incentivaram a Câmara Municipal de Lagos a procurar a colaboração da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) para a elaboração do documento.
A sessão de apresentação contou com as intervenções de Hugo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Lagos, Paulo Morgado, presidente da ARS Algarve, Adalberto Campos Fernandes e Paulo Sousa, ambos responsáveis pelo plano através da ENSP-NOVA.
Funcionando como base deste estudo, foi feito um diagnóstico do concelho de Lagos, apresentando dados ligados à demografia e socioeconomia, habitação e mobilidade, ambiente físico, natalidade e saúde materno-infantil, estilos de vida, morbilidade, mortalidade, recursos de saúde e acessibilidade, farmácias comunitárias e dispensa de medicamentos e plano nacional de vacinação.
Entre as estatísticas apresentadas, destacaram-se algumas problemáticas como a falta de médicos nos serviços de saúde primários, comum a toda a região, o aumento da população residente em detrimento dos recursos de saúde necessários para dar resposta e o aumento de morbilidades e mortalidade no concelho, devido a problemas relacionados com o estilo de vida.
Mediante a análise de indicadores sociodemográficos, económicos e de saúde, o documento reuniu também uma série de recomendações consideradas como prioritárias entre as quais: envolver e criar parcerias em torno da saúde e bem-estar; aumentar o número de consultas ao domicílio; melhorar e redimensionar o Centro de Saúde de Lagos e diferentes unidades funcionais; reforçar a articulação entre os Cuidados de Saúde Primários e Centro Hospital e Universitário do Algarve; criar uma Unidade de Saúde Digital; disponibilizar Unidades Móveis para os municípios das Terras do Infante; desenvolver mais programas de promoção de saúde, envelhecimento ativo e estilo de vida saudável; reunir condições para implementação de Unidade de Hospitalização Domiciliária; apostar no desenvolvimento do Turismo de Saúde.