Leonor Almeida apurou-se nas audições para ‘Got Talent’

Leonor Almeida tem apenas 11 anos e uma grande paixão pelo ballet, desde muito nova. A jovem de Estômbar frequenta o quinto ano de escolaridade e concorreu ao ‘Got Talent’, programa que está a ser transmitido na RTP, tendo sido uma das apuradas na fase de audições.

A sua atuação levou, inclusive, a que os quatro jurados a escolhessem, mas só em março é que a jovem saberá se avança para as fases seguintes.

Em entrevista ao Lagoa Informa, Leonor Almeida revelou que se sente “entusiasmada” com a perspetiva de poder vir a continuar no programa.

“A minha mana enviou um vídeo meu a dançar para o programa”, começa por contar, com alguma timidez, Leonor. Falou com a sua professora Inana Wolfsdorf na Classical Academy of Ballet (CAB) e decidiu apresentar a mesma coreografia para as audições, que foram transmitidas no dia 13 de fevereiro.

Conquistou os quatro ‘Sim’ dos jurados, mas haverá agora uma seleção interna. “Dos que foram selecionados, o júri escolherá os que vão às galas, pois há um número limitado” de concorrentes, esclarece, por sua vez, a irmã Lara Vicente. Esse novo apuramento só será conhecido em março, mas a jovem acredita que Leonor tem “hipóteses, visto que conseguiu os quatro ‘Sim’”, argumenta.

O ballet é uma paixão que surgiu de forma muito natural na vida de Leonor e ninguém sabe explicar como. “Nem nós sabemos bem como é que foi. Em casa ela começou por colocar copos de plástico daqueles mais duros nos pés e depois dizia-nos que estava a andar em pontas. Era mesmo muito novinha”, recorda a irmã.

Começou no Centro Comunitário de Estômbar, mas a dada altura disse aos pais que queria algo mais sério, envolvendo competição. Então, há quatro anos foi para a CAB, onde já ganhou “algumas coisas”, descreve a jovem bailarina.

“Às vezes treino quatro horas, mas outras vezes são mais. Geralmente, de manhã vou à escola, quando saio, almoço e depois vou para o ballet. Chego a casa às 20h00, janto, tomo banho e vou para a cama”, descreve Leonor, sublinhando que é organizada e entende as matérias na escola.

Se lhe perguntarmos o que fazer quando for adulta, num ápice responde que quer ser uma “bailarina muito famosa”, detalhando que sonha “ser bailarina principal da ópera de Paris”. Só depois de muito insistir é que confessa que se não for possível ainda poderia escolher entre ser modelo ou médica veterinária, mas isso é só mesmo se não for possível ser bailarina, esclarece.

O certo é que ao fim de três ou quatro meses na CAB, Leonor Almeida conseguiu logo um bom lugar no Concurso Internacional de Bailado no Porto, com a apresentação do seu primeiro solo. No entanto, as competições, desde essa altura, já fazem parte do quotidiano e tem vindo a afirmar-se com diversos lugares de topo, como a primeira posição.

Para continuar com esta performance, a jovem tem vindo a contar, além do acompanhamento da CAB, com um forte apoio dos pais e dos avós, além da irmã. “O avô é o fã número um dela e ficou muito emocionado por vê-la no ‘Got Talent Portugal’. Ela tem o apoio de todos nós e dos amigos”, diz Lara Vicente.

Quando dança é muito focada e até já tem várias opções de coreografias que poderá apresentar se seguir em frente no programa. A menos que as professoras queiram criar algo novo nas galas, caso Leonor vá ficando no programa televisivo. Algo que só em março será divulgado.

Uma bolsa na Alemanha
Em abril, Leonor Almeida estará uma semana na Escola Estatal de Berlim, na Alemanha, pois ganhou uma bolsa de estudo. A família vai acompanhá-la, mas Leonor terá dias muito ocupados, quer pela dança, quer porque terá aulas. “Serão lecionadas em alemão, mas haverá pessoas que prestarão apoio em português”, refere Lara Vicente.

Unidade de Alto Rendimento
Apesar do ballet não ter uma Federação, há bailarinas que competem a nível internacional e que estão na Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE).

É o caso de Leonor Almeida, que com 11 anos e a frequentar o quinto ano de escolaridade no Agrupamento de Escolas Rio Arade, entra em diversas apresentações e competições nesta área da dança. Estas unidades existem para encetar uma articulação entre a escola, os encarregados de educação, as federações desportivas e os municípios, ajudando a conciliar, com sucesso, a atividade escolar com a prática desportiva dos alunos atletas.

“Ela está inserida no projeto da UAARE e tem um grande apoio. Facilita imenso quando tem competições, pois permite que não perca matéria, nem testes. Apesar de o ballet não ter Federação, foi possível integrá-la. Às vezes, por exemplo, quando está fora, os professores não têm como dar o teste, remarcam o dela para outra altura, por norma é sempre quando regressa, para ter um pouco mais de tempo para estudar”, explica Lara Vicente. Os professores sabem, aliás, que estas competições são muito exigentes, o que leva a que tenham de treinar muito mais nessas alturas.

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