Loulé acolhe muitos eventos culturais este mês

O concelho de Loulé é palco, ao longo deste mês de março, de um vasto conjunto de eventos culturais.

O próximo está agendado para o dia 8, às 21h00, tratando-se da peça de teatro “Another Rose”, de Sofia Santos Silva, que venceu a 4ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço. No Dia Internacional da Mulher, esta peça propõe uma colaboração com o Gulabi Gang, um grupo ativista sediado em Uttar Pradesh, no norte da Índia, que foi fundado por mulheres como resposta à violência sistémica e à discriminação generalizada de uma sociedade assente em práticas e costumes patriarcais que banalizam a violência sobre as mulheres, explica a Câmara de Loulé.

No dia seguinte, 9 de março, às 21h00, Svetlana Bakushina lança o álbum “Algarvia” no Cineteatro Louletano. O concerto traz uma fusão dinâmica de jazz, música clássica contemporânea, étnica e rock progressivo. A equipa principal inclui Svetlana Bakushina no piano e cravo, Seibas Gamboa no violoncelo e baixo e Jorge Carrilho na bateria.  Como artistas convidados, aparecem a soprano Michele Tomaz e a artista de projeções de videoarte Anastasia Maystrenko, entre outros. Prepare-se para música erudita com um toque de humor e imagens cativantes, num concerto com o selo e a inspiração do Festival MED.

A 12, terça-feira, também às 21h00, mas no Auditório do Solar da Música Nova, decorre mais uma sessão do Ciclo de Cinema Francês, organizado pela Alliance Française Algarve. Desta vez, o filme é “La Fracture”, de Catherine Corsini (2021). Raf e Julie. Uma história em torno de um casal no limite da separação, acabam num Serviço de Urgências na noite de uma manifestação parisiense dos Coletes Amarelos. A entrada é gratuita.

No fim de semana de 15 a 17, Loulé lança pela primeira vez o “Mercado Periférico”, numa organização da Associação Vencidos da Vida em coprodução com o Cineteatro Louletano. Um evento cultural centrado no universo da música emergente e que decorrerá em vários espaços, incluindo o Cineteatro Louletano, o Palácio Gama Lobo, o Auditório do Solar da Música Nova e o bar Bafo de Baco. O conceito assenta na divulgação e promoção de projetos musicais de editoras independentes nacionais, sendo, em simultâneo, uma montra e uma mostra através da exposição e venda de discos, cd’s e cassetes.

Esta primeira edição, em Loulé, contará com múltiplos concertos incluindo artistas e projetos ligados às editoras participantes, envolvendo público, músicos, vendedores e promotores, empurrando para fora dos grandes centros toda a efervescência criativa que a música emergente traz consigo. Haverá ainda dois workshops, com inscrições através do email cinereservas@cm-loule.pt

Também neste fim de semana, a 16, decorrem os já habituais concertos Crescendo, no Auditório do Solar da Música Nova – sempre no 3.º sábado de cada mês, às 11h30 e envolvem professores e alunos do Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado, numa forma espontânea e regular de mostrar à comunidade o trabalho desta escola pública de música, aproximando a música erudita da população de Loulé. A entrada é gratuita.

No domingo, 17, de manhã, às 11h30, há ainda espaço para mais um concerto Promenade, pela Orquestra do Algarve, no Cineteatro Louletano. Desta vez, o mote é “O Rei diverte-se!”, com direção do Maestro Henrique Constância e mediação do barítono Rui Baeta. Neste concerto, são convocados três mestres da ópera francesa: Massenet, Gounoud e Delibes. Sem recorrer à música lírica, através da expressão instrumental, as suas partituras animam a fantasia de histórias de marionetas e do tempo dos reis e cavaleiros andantes.

A 19, também no Cineteatro, às 21h00, há dança, no âmbito do RHI 2024. O RHI (Research, Hope, Imagination) já vai para a sexta edição, este ano sob o mote “Think Arts, Talk Business, Make Culture” (pensar as artes, falar de negócios, fazer Cultura). Trata-se de um evento que percorre várias cidades de norte a sul do país, e que pretende fazer a ponte entre programadores e curadores estrangeiros e criadores e artistas nacionais, promovendo, sempre que possível, a internacionalização destes últimos.

Desta vez, como parte deste intercâmbio de culturas, o RHI traz a Loulé a Companhia de Ballet de Niterói, para apresentar “Pedra Doce – Poética de Cora Coralina”. A peça fala da simplicidade na poesia e na vida de Cora Coralina, relacionando a sua escrita, os seus ímpetos e necessidades em escrever, com a dos corpos dos bailarinos ao ler (ou ouvir) os seus poemas. A entrada é gratuita.

No dia 21, quinta-feira, a partir das 19h00, mas no Palácio Gama Lobo, há um Workshop de Danças Tradicionais Moçambicanas, com alguns dos bailarinos que estão no centro de uma outra peça de dança, desta vez dirigida pelo conhecido coreógrafo Victor Hugo Pontes. A entrada é gratuita, mediante inscrição através do email cinereservas@cm-loule.pt.

No dia seguinte, a 22, pelas 21h00, “Bantu” sobe ao palco do Cineteatro Louletano. “Bantu” designa uma família de línguas faladas na África subsariana: é identidade e é comunidade. A criação teve origem num convite endereçado a Victor Hugo Pontes pelos Estúdios Victor Córdon e pelo Camões – Centro Cultural Português em Maputo, para o desenvolvimento de uma nova criação de dança com intérpretes moçambicanos e portugueses. Os EVC e o Camões – Maputo são parceiros numa programação conjunta para três temporadas, que visa criar pontes entre Portugal e Moçambique e promover a circulação e internacionalização da dança. A sessão de “Bantu” terá o recurso de Audiodescrição, para cegos e/ou pessoas com baixa visão.

No dia seguinte, sábado, 23, às 21h00, Loulé acolhe a 24.ª edição do Festival de Música Al-Mutamid, que traz ao palco do Cineteatro Louletano a Orquestra Al-Qarawiyin, com sonoridades e ritmos do Magreb. O espetáculo contará ainda com a participação de uma bailarina de dança árabe-andalusi, exemplificando estilos de dança do período muçulmano (711-1492) na região al-Andalus. Este é um concerto com o selo e a inspiração do Festival Med.

No domingo, dia 24, o Cineteatro Louletano acolhe o concerto de abertura do FITA, que já vai na sexta edição. O FITA – Festival Internacional de Trompete do Algarve aposta este ano em talentos nacionais, trazendo alunos, professores, todo o tipo de instrumentistas de metais de toda a parte do país.

A 24, pelas 21h00, no Cineteatro toca o decateto de metais Portuguese Brass, enquanto que, no dia 25, no Auditório do Solar da Música Nova, há Trumpet Ensemble Reunion (18h00), Grupo de Metais do Seixal (21h30) e às 23h00 uma Jam Session no Café Calcinha, com o convidado Marc Chevalier. Chevalier estudou na Northwestern University em Chicago e apresenta-se regularmente com a Orquestra Sinfónica Orchestra XIX, o Collectif 30 e em recitais de trompete e órgão.

A fechar o mês, no dia 27, Dia Mundial do Teatro, uma estreia: É “Falarte”, uma coprodução do TEatroensaio e do Cineteatro Louletano. Eduarda Dionísio criou 4 personagens femininas míticas do teatro, nas vozes de Clara Nogueira, Catarina Rapazinho, Inês Leite e Márcia Gomes.

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