Município de Albufeira critica serviço prestado pela ALGAR

A recolha seletiva de resíduos, em plena época alta, no concelho de Albufeira, continua a ser motivo de reclamação por parte de residentes e turistas. É também “uma grande preocupação para o município que, todos os dias, se confronta com ecopontos e ilhas ecológicas a transbordar de resíduos que ficam espalhados pelo chão, provocando problemas de insalubridade”.

Segundo refere a autarquia albufeirense, em nota de imprensa, “esta não é uma situação nova, mas que se vem agravando de ano para ano, sobretudo durante os meses de verão,  quando a produção de resíduos quadruplica ou quintuplica devido à pressão turística”. 

“Em Albufeira, à semelhança de outros municípios da região, a recolha de resíduos recicláveis dos ecopontos e ilhas (papel e cartão, plástico, metal e vidro), da responsabilidade da ALGAR, não é feita com a frequência devida e os resíduos ficam espalhados pelo chão, acumulando-se à volta dos referidos equipamentos, por vezes por vários dias, provocando problemas de insalubridade, agravados pelas altas temperaturas que se têm feito sentir este verão.” 

“Esta situação é péssima para a imagem de Albufeira, uma vez que a ALGAR é constituída em 56% pela Empresa Geral de Fomento (EGF), do Grupo Mota Engil, e em 44% pelos municípios do Algarve. Os municípios estão, portanto, em  minoria, não exercendo qualquer poder de influência no que diz respeito à parte operacional da empresa”, sublinha o presidente da Câmara Municipal de Albufeira. Refira-se, ainda, que a ALGAR, através de contrato firmado com o Estado, tem a concessão dos ecopontos e da gestão dos aterros sanitários da região algarvia até 2034. 

José Carlos Rolo refere que a recolha indevida dos recicláveis por parte da ALGAR, já se faz sentir, também, em outras épocas do ano, pelo que “a Câmara Municipal de Albufeira repudia veementemente esta situação que penaliza o Município e o próprio cidadão”, que sente que os impostos que paga para o efeito na fatura da água, não  correspondem ao serviço prestado, gerando revolta e mal-estar, manifestando a sua indignação diariamente através de críticas publicadas nas redes sociais ou/e de reclamações formais junto dos serviços.

O autarca compreende e está solidário com a indignação demonstrada pela população e até por turistas e afirma que “já, por diversas vezes, reportou a situação à Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR), a solicitar a sua intervenção para resolver o problema”.

Entretanto, e para colmatar a recolha ineficiente efetuada pela ALGAR, o Município de Albufeira, através da Luságua, desenvolve esforços diários para minimizar a situação, limpando e recolhendo o lixo à  volta dos ecopontos e das ilhas, por forma a garantir as necessárias condições de salubridade. 

Refira-se que a recolha de resíduos indiferenciados, o lixo que vai para os contentores comuns, é da responsabilidade do Município que contratualizou a empresa Luságua para a sua operacionalização. No verão, o aumento da produção de resíduos, quer os indiferenciados, quer os recicláveis, aumenta exponencialmente, pelo que se torna necessário proceder ao reforço de meios (físicos e humanos) para garantir a recolha de forma eficaz, evitando a acumulação de resíduos junto aos contentores. 

José Carlos Rolo reforça que “o que está a acontecer é inaceitável num concelho que nesta altura do ano recebe milhares de turistas, o que, naturalmente, resulta num enorme aumento da quantidade de resíduos produzidos, obrigando a uma maior atenção por parte da ALGAR na organização de circuitos e na frequência da recolha, para evitar situações como a que esta, que em nada dignifica a imagem de Albufeira e provoca repúdio e mal-estar junto da população, bem como de quem nos visita”.

O autarca refere, ainda, “da nossa parte estamos a tentar resolver a situação, quer junto das entidades competentes quer procedendo à recolha dos recicláveis que ficam no exterior dos equipamentos, mesmo sem que o referido trabalho seja da nossa responsabilidade. Sabemos dos transtornos que a situação acarreta, mas todos temos que dar o nosso contributo para minimizar o problema, pelo que solicitamos aos munícipes que sempre que encontrem um contentor um ecoponto cheio se dirijam ao ponto de recolha mais próximo, de forma a evitar a indesejada acumulação de resíduos e consequentes situações de insalubridade”.

Paralelamente, a autarquia solicita que os munícipes comuniquem o problema diretamente na plataforma Smartcity, no separador Gestão de Ocorrências, juntando foto, breve descrição e identificação do local. 

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