Municípios entregam ventiladores ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve
O presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, esteve no dia 26 de maio no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), em Faro, para a entrega de equipamento médico, recentemente chegado da China.
O valor global do equipamento rondou os 2 milhões de euros (32 mil euros cada ventilador), valor investido em conjunto pelos municípios do Algarve, sendo que as autarquias com maior densidade populacional e maior capacidade financeira, como Loulé, contribuíram com um montante mais elevado.
Ao lado do presidente da AMAL, António Pina, e de outros autarcas algarvios, o presidente da Câmara de Loulé, fez questão de participar neste momento, até porque “Loulé esteve envolvido desde logo de forma bastante ativa nesta compra, não só em termos financeiros, com uma comparticipação de cerca de 400 mil euros, mas também ao agilizar o processo com o Algarve Biomedical Center (ABC), o parceiro com o know how técnico que permitiu escolher o material e proceder à sua aquisição”.
O material será agora distribuído entre os polos hospitalares de Faro e Portimão, sendo que o material alocado a cada unidade varia de acordo com as necessidades identificadas.
De entre este lote, para além de 20 ventiladores, fazem parte 120 seringas e 60 bombas infusoras, 20 monitores multifunções e ainda 4 videolaringoscópios, equipamento fundamental para a intubação de doentes.
Já num próximo voo, noutro lote de material que se encontra já no cais de embarque, como adiantou Nuno Marques, presidente do ABC, virão mais 10 ventiladores.
O responsável do ABC sublinhou a dificuldade neste processo de compra, sobretudo por ter sido realizado numa altura em que a pandemia estava a aumentar a procura e, consequentemente, a inflacionar os preços, “Não foi nada fácil, é entre as 2h00 e as 6h00 que se fazem compras na China, as decisões são tomadas ao minuto pois os preços variam muito rapidamente”.
Já António Pina sublinhou a importância dos ventiladores, que agora fazem parte de uma “reserva regional”, “Esta era a questão que mais preocupava os profissionais de saúde pois ter ou não ter ventiladores era o que poderia decidir se a pessoa sobreviveria, à semelhança da experiência que se ia tendo noutros países. Os autarcas, preocupados, queriam estar mais descansados e ter maior resiliência no sistema de saúde do Algarve. Houve um conjunto de peripécias, não chegou no tempo previsto, felizmente também não foi necessário, mas pode vir a ser”, frisou o presidente da AMAL.
Por seu turno, Ana Paula Gonçalves, presidente do conselho de administração do CHUA, destacou a iniciativa dos municípios que “num momento muito difícil da história do SNS” contribuíram para resolver o problema de falta de equipamento de ventilação no Algarve.