Ofereçam lá um telemóvel decente ao homem

Luís Graça foi jornalista antes de se dedicar à política e de sonhar que um dia havia de ser presidente do PS/Algarve, deputado e presidente da Assembleia Municipal de Faro. Esperava-se, por isso, que, mesmo nessas funções, mantivesse em si o ‘bichinho’ da comunicação, o que, afinal, não parece acontecer.

Qualquer jornalista que ligue para ele, de forma a obter a posição do PS Algarve sobre um assunto qualquer, fá-lo apenas por descargo de consciência porque já sabe que, em 99,9999% das vezes, o ocupado político não atende nem liga de volta.

Provavelmente, o telemóvel foi-lhe atribuído pelo partido e está programado para só atender chamadas da malta do PS. Se calhar não era má ideia trocarem-no por um mais convencional e abrangente.


Eu é que vou voltar a ser o presidente da Junta

O ex-presidente da Junta de Freguesia de Ferragudo, Luís Alberto, é um homem dinâmico, que está sempre pronto para desenrascar qualquer situação. Foi o que aconteceu na última edição da feira Artenata, em dezembro. Como não havia apresentador para o espetáculo, logo se levantou da assistência e desempenhou a função a preceito.

Muitos dos presentes interpretaram este passo em frente como sendo o primeiro de uma caminhada que o voltará a sentar no cadeirão do poder local. Para além do banho de multidão, a iniciativa teve ainda uma vantagem suplementar. É que foi apresentar um artista que garantiu ser, de caras, “o maior mágico do mundo”.

O visado, como forma de retribuição pelo elogio, não terá dificuldade nenhuma em inventar um truque de magia que faça desaparecer a já pouca vontade do atual presidente da Junta em recandidatar-se, ajudando assim a desbravar caminho para Luís Alberto concretizar o seu objetivo.


A fórmula mágica para acabar com a seca

Anda por aí meio mundo a tentar encontrar soluções para evitar que a água venha a faltar no Algarve. Fala-se na construção de novas barragens, em transvases e até no aproveitamento da água do mar. Todas elas são opções caras e que, francamente, não se justificam.

Há uma forma bem mais económica de garantir que vamos ter sempre disponível o precioso líquido. A mágica solução foi encontrada no decorrer de um debate sobre estas matérias, que decorreu em Silves.

Naquele dia fartou-se de chover e, segundo garantiu um dos organizadores, tem sido sempre assim quando há iniciativas destas. Portanto, e se S. Pedro gosta de ser do contra, a forma que há de o obrigar a mandar água cá para baixo é fazer, todos os dias, debates e seminários sobre a falta de água. É assim uma espécie de dança da chuva moderna, mas que cansa menos e que, pelos vistos, é tremendamente eficaz.


Transmitir as sessões da Assembleia Municipal? Não, que horror!

Na Assembleia Municipal de Portimão, de três em três sessões, a oposição propõe que os trabalhos daquele órgão autárquico sejam transmitidos em vídeo e em direto, através da Internet.

Mal ouve falar em tal coisa, o líder da bancada socialista, Figueiredo Santos, apanha um susto, levanta-se e, ao longo de quase uma hora, faz questão de elencar as desgraças todas que daí adviriam para o poder local portimonense. E, como o chefe é que sabe, todos os elementos socialistas votam contra as propostas da oposição, mesmo aqueles que até acham ter boa imagem televisiva.

Com a democracia salva das garras demoníacas da Internet, continuam, então, os trabalhos da Assembleia perante uma interessada audiência de, normalmente e em média, aí umas três pessoas e meia.

Palmas quase estragam a festa

Por acaso, uma das últimas sessões da assembleia acabou por fugir à regra e, em vez da tal média medíocre de espetadores, o salão nobre da Câmara de Portimão contou com casa cheia.

Isso colocou um problema ao presidente da Assembleia Municipal, João Vieira. É que, pouco habituados a estas andanças, os presentes resolveram bater palmas no final de algumas intervenções.

O presidente avisou uma e duas vezes que essa atitude não é permitida naquelas sessões. À terceira chamada de atenção, ameaçou interromper os trabalhos e os cidadãos presentes lá acalmaram com os aplausos, se bem que, de vez em quando, tivessem algumas recaídas.

Numa delas, foi o próprio João Vieira brindado com uma salva de palmas, mas, ainda assim, resolveu não estragar a festa e voltou atrás na ameaça de mandar toda a gente para casa mais cedo.


Só falta convencê-lo…

Por esta altura, os partidos começam a pensar nas próximas autárquicas. Em especial, os da oposição, que têm de dar corda aos sapatos para, com a devida antecedência, arranjarem bons candidatos e darem-nos a conhecer ao eleitorado.

Isso passa-se, por exemplo, com o PSD de Lagos, cujos dirigentes e militantes já há algum tempo andam a ver se é desta vez que conseguem candidatar alguém que dê luta a sério ao PS.

Como dentro de casa não parecem ter encontrado um militante suficientemente popular, com o perfil certo e a vontade de enfrentar o poder instalado, viram-se agora para o exterior.

E, entre os independentes, há um nome que parece encabeçar as preferências do estado-maior do PSD local. Trata-se de um advogado bem conceituado, com carisma, boa preparação para o exercício do cargo e grande capacidade de comunicação.

É, portanto, alguém que tem tudo para dar umas valentes dores de cabeça aos socialistas. O grande problema agora é convencê-lo a avançar.

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