Opinião| Ao sul… Das intenções às ações!

Carlos Gordinho | Professor, in Lagoa Informa Jornal nº165


Terminado o período e ato de eleições autárquicas e, assumidas as tomadas de posse, é tempo de reflexão, análise e avaliação.

Ato este que não deve merecer a atenção apenas de quem se propôs a ser eleito, mas a todos os que tiveram a oportunidade de ir exercer a sua manifestação. Cabe a estes também fazer essa reflexão, análise e avaliação.

Tivemos a oportunidade de assistir a inúmeros momentos em que os demais candidatos aos órgãos autárquicos tiveram a generosidade e disponibilidade de nos dar a conhecer as suas intenções, quando digo suas, logicamente incluo a equipa, os seus projetos e ideias, as suas preocupações e acima de tudo o que definiram para que rumo queriam ou querem dar ao nosso concelho.

Inúmera foi também a informação a que tivemos acesso através de flyers e panfletos, que cada uma das candidaturas não só nos fez chegar às caixas do correio, como em mão nos foi facultada. Esta ajudou a perceber alguns discursos, algumas posturas, alguns vazios.

Os discursos tiveram no seu conteúdo, regra base, a abordagem aos adversários, uns com maior foco, outros com menos, porque seria importante dar uma ‘bicada’ no outro candidato/ candidatos (infelizmente), esquecendo por vezes que o que se pretendia era saber o que cada um poderia contribuir para o concelho de forma positiva.

Enfim, tivemos de tudo, discursos agressivos, outros emocionais, discursos intelectuais, outros chegados ao povo, discursos individualistas, outros pluralistas, discursos de retórica, outros de improviso, discursos de papel e outros sentidos.

Tal como na informação escrita, também aqui por vezes não consegui fazer total ligação às palavras proferidas por cada intérprete, mas nestes, confesso que não os voltei a ouvir ou ver. Não perdi esse tempo.
Arrumadas as casas e após as tomadas de posse, é hora para quem se propôs a eleição e foi eleito, entrar em ação e deixar por terra as intenções. Porque agora a cobrança é na ação.

Deverá de forma atenta, participativa, consciente e desprovida de egoísmos, nem tão pouco cores ou siglas, cada um de nós, cidadão, independentemente da escolha que fizemos no ato do voto, estarmos atentos às transformações das intenções em ações concretas, para que durante este processo possamos fazer o nosso juízo, para podermos ter a oportunidade de nos manifestarmos e “cobrarmos”. A real democracia.

Não critiquemos, antes pelo contrário é importante que respeitemos todos enquanto direito que nos merecem, mas fiquemos sim atentos para que, quando chegar o momento certo do manifesto e podermos fazer a nossa atividade pró-ativa de cidadania, consigamos estar preparados para tal.

Para isso, sejamos cidadãos ativos, atentos e despertos.

You may also like...

Deixe um comentário