Portimão é “exemplar” na proteção civil de socorro
No passado dia 19 de fevereiro, o ministro da Administração Interna, acompanhado pelos secretários de Estado da Proteção Civil, Autarquias Locais e Florestas e Desenvolvimento Rural, visitou Portimão para conhecer a dinâmica de funcionamento da Proteção Civil Municipal.
Na ocasião, decorreu uma jornada de trabalho no Centro Municipal de Proteção Civil e Operações de Socorro, com a presença da presidente da Câmara de Portimão, acompanhada do comandante operacional municipal, e de elementos da direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Portimão e do comando e estado-maior do Corpo de Bombeiros local.
Na fachada do quartel decorreu uma exposição estática realizada pela força mínima de intervenção operacional de serviço, unidade de resposta rápida que é materializada ao longo das 24 horas por uma brigada permanente de 15 operacionais, de entre um total de 120 bombeiros (50 em regime profissional e 70 em voluntariado).
Foi também divulgado o investimento realizado pela autarquia na proteção e socorro através dos Bombeiros, que ultrapassou um milhão de euros em 2017, garantindo que todos os operacionais estejam dotados de proteção individual e coletiva à altura dos desafios do dia-a-dia, bem como ao nível da formação e de meios técnicos que permitem sustentar uma resposta nas variadas vertentes de intervenção, e ao minuto, incluindo os salvamentos
O comandante operacional, Richard Marques, apresentou os mais de 40 membros das comissões municipais e os respetivos oficiais de ligação ao Centro Municipal de Proteção Civil e Operações de Socorro de Portimão, os quais asseguram a coordenação institucional e operacional ao longo de todo o ano no território.
480 MIL EUROS EM CONTRATOS
Foram ainda assinados os contratos-programa recentemente aprovados em reunião de Câmara e que estabelecem para 2018 a manutenção de um quadro de cooperação no âmbito da proteção civil iniciados nos últimos anos e que ascendem a 480 mil euros.
A presidente da edilidade, Isilda Gomes, enalteceu o trabalho em rede que caracteriza o ‘modus operandi’ em Portimão e o facto de todos os agentes de proteção civil e entidades cooperantes “estarem empenhados em sensibilizar a população para adotar medidas de autoproteção e criar uma comunidade mais resiliente.”
“Enquanto a base da pirâmide não estiver totalmente capacitada, não existe uma proteção civil sustentável”, alertou Isilda Gomes, para referir que Portimão “tem o trabalho de casa feito nesta matéria, ou seja, tudo o que pode ser feito a montante, está.”
Por seu turno, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, realçou “a forma exemplar como está organizada e a dinâmica da Proteção Civil Municipal em Portimão, sendo um modelo a seguir pelo país.”
VISITA AO TERRENO
O governante fez uma visita ao terreno, passando por diversos locais do barrocal no concelho de Portimão, nos quais acompanhou os diferentes trabalhos em curso nos espaços rurais associados à limpeza e manutenção de faixas de gestão de combustível (primárias e secundárias), limpeza de ribeiras, assim como à reabilitação da rede viária florestal em diversos pontos da freguesia da Mexilhoeira Grande.
No trajeto foi possível passar pelo Destacamento Sazonal de Defesa da Floresta Contra Incêndios da Senhora do Verde, onde pôde acompanhar uma das habituais ações de sensibilização promovidas pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, em parceria com a GNR e os Bombeiros Voluntários de Portimão, nomeadamente para informação e esclarecimentos sobre as medidas a implementar pelos proprietários de casas no espaço rural até 15 de março.
A comitiva seguiu também uma ação de treino operacional no âmbito do combate a um incêndio florestal, tendo verificado o investimento realizado pela autarquia em sistemas de comando, controlo e comunicações, o que assegura uma capacidade efetiva de aplicação do sistema de gestão de operações.
A visita oficial terminou com um teste à capacidade logística da unidade de apoio alimentar, operacionalizada pelo Agrupamento de Portimão do Corpo Nacional de Escutas, onde os membros do governo e mais 150 pessoas provaram as refeições que habitualmente são fornecidas em sede de Teatro de Operações numa área improvisada no Porto de Lagos, um dos locais estratégicos de pré-posicionamento da rede municipal.