SAD do Portimonense já não muda de mãos

Texto: Hélio Nascimento | Foto: D.R.


A SAD do Portimonense deixou de estar à venda, depois de o acionista Theodoro Fonseca e a administração terem decidido revogar o contrato com o grupo chinês Suning Holdings Group, liderado por Zhang Jindong. Na base desta tomada de posição esteve o recuo dos chineses, que baixaram os valores do negócio para 30 milhões de euros, quando, numa primeira fase, ofereceram 80 milhões de euros, montante que, na altura, terá sido mesmo aceite pelos responsáveis da SAD.

O facto de os algarvios terem descido à II Liga levou Zhang Jindong a rever os números, o que não agradou à administração, que prefere continuar a investir em mais infraestruturas e no reforço da equipa, visando o regresso ao escalão principal.

O Portimão Jornal sabe que não há abertura para negociar qualquer venda nesta e na próxima época, e que, num outro contexto, foram estabelecidos protocolos com equipas de primeira linha para virem estagiar nas instalações dos alvinegros, o que vai suceder já a partir de janeiro.

As infraestruturas do Portimonense, recorde-se, são apetecíveis, do Portimão Estádio (eleito por cinco vezes o melhor relvado do país) ao Centro de Treinos, onde a equipa principal dispõe de excelentes condições, incluindo um edifício que funciona como hotel, sem esquecer os relvados e demais logística na zona do Autódromo do Algarve, onde a equipa de sub-23 exerce a sua atividade.

A propósito do tema infraestruturas, o novo executivo da Câmara Municipal de Portimão, liderado por Álvaro Bila, visitou o Centro de Treinos e ficou bastante agradado com o que viu. O presidente Rodiney Sampaio fez as honras da casa e recebeu francos elogios pelo trabalho que a SAD tem desenvolvido, inclusive pelo apoio dado ao clube.

A SAD, acrescente-se, já investiu cerca de 700 mil euros em dois campos no Major David Neto, onde evoluem os escalões do Portimonense Sporting Clube, para além de pagar três por cento dos direitos televisivos (450 mil euros no presente, mas na I Liga a quantia era naturalmente superior) ao clube. E, nos últimos sete anos, os 222 mil euros por época entregues pelo Fundo de Solidariedade da UEFA, verba que vai ser aumentada para 385 mil euros em 2024/25, foram dados na totalidade à formação.

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