‘Salir do Tempo’ atraiu milhares de visitantes
Afonso III foi a figura central da edição deste ano do ‘Salir do Tempo’, evento que durante três dias (21, 22 e 23 de julho) animou esta vila do concelho de Loulé com uma recriação histórica do momento em que o Algarve foi conquistado aos mouros.
As ruas estreitas e íngremes que levam às ruínas do Castelo de Salir encheram-se de figuras de outros tempos – o monarca e a família real, cavaleiros e escudeiros, nobres, clero, cortesãs, gente do povo e um sem números de animadores, dos bobos da corte às bailarinas de dança do ventre – que trouxeram o ambiente social, político e militar da Idade Média.
Milhares de visitantes, entre os quais muitos turistas curiosos por ver ‘ao vivo e a cores’ um pedaço da História de Portugal, tiveram a oportunidade de assistir a um programa de animação único, com torneios militares a pé e a cavalo, exposição de armas, teatro sobre cenas do quotidiano da época, espetáculos de música árabe, animação itinerante e muito mais.
A gastronomia foi outro dos destaques do ‘Salir do Tempo’ e, nos espaços de restauração do recinto, o visitante teve oportunidade de saborear petiscos tradicionais servidos em pratos e copos elaborados em materiais da época medieval.
Também o mercado medieval trouxe realismo a uma vivência longínqua, com muitos produtos árabes – da bijuteria, vestuário, cabedais, às decorações – mas também com a venda de produtos que eram a base alimentar da época.
Destaque para a decoração do recinto e para a atuação de dezenas de ‘performers’ que, em constante interação com o público, trouxeram momentos bem-humorados a um cenário que recuou vários séculos.
Em jeito de balanço, o presidente da Câmara Municipal de Loulé, entidade organizadora deste evento, sublinhou “o interesse da parte dos muitos visitantes que por aqui passaram na história e no património material e imaterial desta vila do concelho, fielmente recriada”.
Vítor Aleixo realçou igualmente “o contributo de eventos assim para a dinamização desta vila do interior nestes dias, atraindo mais turistas para uma zona marcada pelos problemas de desertificação e envelhecimento da população.”