“São os laços que fazem a diferença” no BNI Talento de Lagoa
in Jornal Lagoa Informa nº 158
Chama-se BNI Talento e foi o nono grupo a nascer no Algarve, em 2013. Atualmente apenas existem sete na região, mas o de Lagoa tem vindo a revelar-se um dos mais dinâmicos, atraindo até empresários de outros concelhos, como Portimão (onde existem dois grupos), Silves e Albufeira.
“O nosso grupo consegue agregar pessoas de quatro concelhos. Não quer dizer que noutros grupos isso não seja possível, mas nós pela centralidade de Lagoa conseguimos fazer isso”, começa por salientar Luís Dias, advogado e membro fundador.
“Mas não é só pela centralidade. Mensalmente há um ranking do BNI no Algarve e nós, invariavelmente, num ano estamos em primeiro lugar durante 10 meses. Outro aspeto que contribui para este sucesso é que as pessoas dizem que temos um ambiente diferente e que se nota uma união grande. Há menos formalidade, uma atmosfera saudável, mas com profissionalismo”, salienta Filipe Pimenta, empresário e vice-presidente do BNI Talento.
Lina Messias, atual presidente, acrescenta: “A diferença é que foram criados laços entre os membros. Somos um conjunto de pessoas que se reúne todas as semanas e podia ter sido criado um grupo sem laços, mas o que nos diferencia é precisamente isso, a ligação que existe entre nós. Conhecemos a história uns dos outros, as famílias e foram criadas formas de fazer nascer esses laços. Por isso, somos mais do que um grupo de empresários, muitos de nós somos amigos e isso nota-se no ambiente das reuniões”, sublinha Lina Messias.
Importante na pandemia
Antes da covid-19, até março de 2020, o grupo contava com mais de 40 empresários. Hoje são 32. As reuniões passaram a ser online, mas neste período de pandemia é no BNI que alguns têm encontrado o seu maior apoio e suporte financeiro.
“Ser membro neste momento é o que vai fazer com que muitos empresários não sofram tanto os efeitos da pandemia. Há áreas de atividade em que, pelo suporte do ‘networking’ que é feito dentro do grupo, os membros não sentem muito esta crise. Temos alguns de áreas da construção civil que estão a ser suportados pelo trabalho angariado na nossa rede”, explica.
“Por exemplo, um empresário de produtos regionais, que também comercializa frutas, tem um volume de negócios dentro da estrutura BNI bastante considerável. Se não estivesse aqui, não quer dizer que não faturasse, mas ganhava muito menos”, acrescenta Luís Dias.
As reuniões continuam a ser às 6h45 da madrugada e no último ano têm decorrido online devido à pandemia. A assiduidade é ‘regra de ouro’ no BNI. “Houve algumas atividades em que as pessoas saíram por falta de disponibilidade e por não conseguirem estar nos encontros com o compromisso que este grupo exige. A assiduidade é um dos princípios fundamentais. Posso dar o exemplo de dois jardineiros que passaram a ter muito mais trabalho após algum tempo no BNI e deixaram de conseguir estar presentes e, por isso, tiveram de sair”, refere Luís Dias.
É que as reuniões são semanais e em seis meses um empresário só pode faltar três vezes ou ter seis substituições, enviando neste caso alguém da empresa para o substituir.
O reconhecimento
“No BNI os negócios que fazemos, dão origem outros negócios e somos sempre recordados”, diz Luís Dias, acrescentando: “As mais valias deste grupo são a forma como vemos reconhecido o facto de recomendarmos outra pessoa e depois virem ter connosco a agradecer pela indicação que demos”.
Nove milhões em oito anos
Desde 2013 e até metade de 2021, o BNI Talento gerou um volume de negócios de 9,3 milhões de euros. Dos atuais 32 empresários/empresas representados no grupo, estão atividades económicas ou profissões como construção civil, pintura, canalização, eletricista, advogado, contabilista, arquiteto ou decoração de interiores. Não são aceites atividades em duplicado e estão em aberto e elegíveis para entrar áreas como farmácia, veterinário, webdesign, marketing digital, papelaria, talho, ar condicionado, ótica, dentista, entre outros. Os interessados podem contactar o número 962 009 703 para mais informações.
“Já recusamos pessoas no grupo. Nem todos são empresários para o BNI. Pedimos referências e há entrevistas, pois pretendemos pessoas idóneas, cumpridoras e o objetivo não é crescer em quantidade, mas em qualidade”, sublinham os responsáveis do grupo de Lagoa.