Seniores alvinegros do basquetebol carimbam subida à Liga

Texto: Hélio Nascimento | Foto: D.R.


A equipa de seniores do Portimonense protagonizou um fim de semana de fortes emoções, conseguindo, no passado domingo, 30 de abril, alcançar a subida ao patamar mais alto do basquetebol português, a Liga Betclic, onde joga a elite da modalidade. Foi preciso recorrer à ‘negra’ e depois ao prolongamento para levar de vencida o Basquete Santo André por 85-79 e soltar o grito “estamos na primeira”, que transpôs o Pavilhão Gimnodesportivo, a rebentar pelas costuras, e ecoou pela cidade inteira.

Os alvinegros estavam em vantagem, por terem ganho em Sines (71-70), mas os alentejanos de Santo André puxaram dos galões e empataram esta meia-final, vencendo em Portimão por 86-73, ao mesmo tempo que o Galomar da Madeira, que tinha já assegurado a subida, batia por 88-78 o Galitos e aguardava por adversário para a final de atribuição do título desta Proliga. A ‘negra’, já deu para perceber, foi disputadíssima, com um empate 72-72 no fim do tempo regulamentar.

No prolongamento, a fibra e a determinação dos pupilos de Carlos Almeida falaram mais alto, e, com o apoio incansável dos adeptos na bancada, fez-se festa, 60 anos depois da única presença do Portimonense no principal escalão da modalidade. Para a história, ficam os nomes dos protagonistas nesta jornada memorável: Robert McCoy (16 pontos), Luís Pereira (15), André Calabote (6), Feliciano Neto (13), Matias Bernardini (17), Nwamba, Miguel Barros, Diogo Costa, Eugénio Silva (12), Matari, Mutombene e Forster (6).

Emoções intensas
“Foram emoções muito fortes”, confessa Carlos Almeida ao Portimão Jornal, saboreando um registo “histórico e que é bom para a cidade, para o Portimonense e para a região algarvia e o seu basquetebol”. Com a voz ainda a refletir o calor e o ambiente vividos no Gimnodesportivo, o treinador refere que os alvinegros atuaram com a “estratégia mais indicada, corrigindo os erros da véspera, e, apesar de alguns condicionalismos, com jogadores ‘tocados’, a verdade é que a equipa se uniu e chegou ao triunfo no prolongamento”.

Carlos Almeida adianta que foi “o culminar de um projeto iniciado há sete anos, na altura em que o amadorismo era total, mas fomos crescendo, conseguimos alcançar três subidas, com dois títulos nacionais, e agora há mais um em disputa”. O treinador esteve no Portimonense entre 2010 e 2013, depois saiu, voltando em 2016 para dar início a este percurso vitorioso.


Falta agora apurar o campeão da Proliga, à melhor de três jogos: no domingo, dia 7 de maio, no Gimnodesportivo, o Portimonense recebe o Galomar, do Caniço, e, no fim de semana seguinte, joga na Madeira, onde também se realizará a terceira partida, se houver lugar à ‘negra’.

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