Um ano marcado pela covid-19

A aparente normalidade da sociedade foi alterada de forma brusca quando, em março, foi registado
o primeiro caso do novo coronavírus em Portugal. Economia, cultura, desporto, tradições foram
afetadas e são muito poucos os assuntos que não se centraram na pandemia.

Janeiro

Os últimos números apontam que 2019 foi um ano de sucesso para o Algarve, a nível económico, sobretudo, no turismo, com o número de dormidas a subir. O caminho é de ascensão e, neste mês, tudo indica que, em 2020, haverá novos recordes a bater.

Fevereiro

O mês do Carnaval traz desfiles em diversas cidades da região, onde ganha destaque o tradicional corso de Loulé. Fevereiro fica ainda marcado pela mítica prova de ciclismo com a 46ª Volta ao Algarve, pela Mostra da Laranja, em Silves, e também pelo 43º Cross Internacional das Amendoeiras em Flor, em Albufeira.

Março

No dia 8 é identificado o primeiro caso da covid-19 na região algarvia, numa aluna da Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, o que gera uma cadeia de contágio na comunidade. Ao longo do mês são confirmadas mais infeções em diversos concelhos. A nível nacional é decretado o confinamento obrigatório.

Abril

Diversas Câmaras Municipais implementam medidas de apoio aos carenciados, grupos de risco, empresários e artistas locais. É exemplo Lagoa que concebe um programa de distribuição de medicamentos e bens alimentares à população de risco para evitar que saiam de casa ou os concertos transmitidos online.

Maio

As empresas sentem os primeiros efeitos do confinamento na faturação, à medida que a normalidade vai regressando, mas por etapas com muito pouca expressão. O setor turístico, a principal fonte económica da região, desespera por um sinal de esperança à medida que o Verão se aproxima.

Junho

O desemprego no Algarve cresce 232 por cento, mas a reabertura de algumas empresas dá mostras de alguma melhoria para os próximos meses. Há também novas regras no acesso à praia e António Costa, primeiro-ministro, decide abrir a época balnear em Portimão, onde deixa uma mensagem de apoio. Também Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, inicia uma ronda de jantares com autarcas em todos os concelhos para sentir pulso à região.

Julho

Com os grandes eventos de Verão cancelados devido à pandemia, as Câmaras Municipais tentam reinventar-se para dar alguma animação às cidades. Albufeira, por exemplo, promove o destino turístico com o programa ‘Albufeira Summer Live’, artistas de renome, mas com transmissão online.

Agosto

Em paralelo à pandemia, que nesta altura dá sinais de melhoria com o registo de novos casos a cair muito em relação aos meses anteriores, a falta de água na região é a preocupação na ordem do dia. Os níveis de armazenamento de água nas barragens continuam a diminuir e o Algarve é um dos mais afetados no país.

Setembro

A Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve admite que este foi o pior ano turístico, com setembro a registar os mais baixos números de sempre. A taxa de ocupação por quarto centra-se nos 49,6 por cento, neste mês, um valor 43 por cento abaixo do que o homólogo mês de 2019.

Outubro

O Autódromo Internacional do Algarve recebe a prova do Grande Prémio de Fórmula 1, naquela que é considerada uma lufada de ar fresco para a economia local. São cerca de 27500 pessoas na assistência, mas os contratempos a nível do distanciamento social levam a que o Governo decida que, no mês seguinte, a prova de MotoGP não terá público no espaço, culpando a organização.

Novembro

O número de casos ativos da covid-19 continua a crescer no país e, seguindo esta tendência, também no Algarve. São registados recordes de infeções e de óbitos, por isso o Governo cria uma lista de risco de propagação do coronavírus. São Brás de Alportel é o primeiro concelho a entrar nesta lista, seguindo-se na segunda avaliação Portimão, Vila do Bispo, Lagos, Tavira, Faro, Albufeira e Vila Real de Santo António.

Dezembro

O calor do Natal teima em tardar a chegar e o que é anunciado para este mês dá mostras de que este ano a quadra será marcada pela falta das relações pessoais e pelo isolamento das famílias ao máximo. Não há as tradicionais iniciativas de celebração, a não ser a iluminação nas ruas e a perspetiva é a de que a entrada no novo ano de 2021 também não será de festa na rua.

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