Portimão mantém dispositivo permanente de resposta aos incêndios rurais
À semelhança do ano transato, o Município de Portimão aprovou, por unanimidade, em reunião de câmara, no passado dia 9 de janeiro, o protocolo de cooperação com a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Portimão, no valor de 150 mil euros, que assegura a permanência de um dispositivo dedicado aos incêndios rurais ao longo de todo o ano.
Esta medida tem por base a ocorrência de incêndios no espaço rural de 1 de janeiro a 31 de dezembro, o que exige uma resposta oportuna e rápida mesmo fora do período mais crítico, sem desguarnecer ou comprometer a resposta nas demais áreas da proteção e socorro, sobretudo nos incêndios urbanos e acidentes.
Este mecanismo, materializado pelo Corpo de Bombeiros de Portimão, assenta na manutenção de uma Equipa de Combate a Incêndios Rurais (ECIN) composta por cinco bombeiros e um veículo florestal de combate, para além dos períodos tradicionalmente mais propícios à ocorrência de incêndios rurais e que merecem um reforço de meios.
Este quadro de cooperação específico permite, ainda, a operacionalização de mais uma Equipa Logística de Apoio ao Combate (ELAC) e uma Equipa de Reconhecimento e Avaliação da Situação (ERAS) sempre que elevado o Estado de Alerta Especial (EAE) para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
O protocolo contempla, ainda, a aquisição de mais um equipamento de proteção individual para incêndios florestais a entregar a cada bombeiro com vista a substituir os equipamentos com maior desgaste, conseguindo um rácio de três equipamentos por bombeiro.
De referir que, desde o início do ano 2019, foram registados no Centro Municipal de Proteção Civil e Operações de Socorro (CMPCOS) de Portimão cinco alertas para ocorrências de incêndio em espaços naturais e foram acompanhadas 132 queimas de sobrantes agrícolas no concelho.
Através dos indicadores de desempenho do ano transato (2018), em que foram registadas 44 ocorrências de incêndios rurais, constata-se que foi possível sustentar tempos médios de resposta inferiores aos objetivos operacionais nomeadamente a saída em 1 minuto e 33 segundos após despacho (objetivo até 3 minutos), a chegada do primeiro meio ao local numa média de 9 minutos e 13 segundos (objetivo até 20 minutos) e a resolução das ocorrências numa média de 25 minutos e 50 segundos (objetivo até 90 minutos – ataque inicial), num balanço que representa 100% de eficácia do dispositivo instalado.
Para além das ações de supressão de eventuais incêndios, esta equipa colabora nas iniciativas de prevenção e sensibilização à população promovidas pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, com destaque para os programas “Aldeia Segura” e “Pessoas Seguras” totalmente implementado nos sete aglomerados populacionais nas zonas de risco do concelho, demonstrações práticas de como executar uma “Queima Segura”, a identificação de situações de risco no espaço rural (como é o caso de poços inseguros), entre outras atividades que permitem uma maior proximidade com a população e o território, aproximando o combate da prevenção.