Albufeira organiza ‘summit’ para debater futuro do concelho

A Câmara Municipal de Albufeira apresentou, esta quinta-feira, 18 de março, o ‘Albufeira21 Summit’ sob o mote ‘Construir o futuro’, que decorrerá entre 8 e 10 de abril.

O evento debaterá temas como a inclusão, o turismo, a eficiência energética e hídrica, tendo como pano de fundo o problema das alterações climáticas, a juventude, ação social e a transição digital.

A intenção da autarquia com esta iniciativa, segundo José Carlos Rolo, presidente da Câmara Municipal, é colocar em cima da mesa estes assuntos, debatê-los, para traçar uma estratégia adequada ao futuro do concelho.

O ‘Summit’ contará, por isso, com diversos oradores locais, regionais e nacionais, para acertar agulhas para aquilo que será a proposta da ‘Estratégia 2030’ para Albufeira, que estará alinhado com a ‘Estratégia Portugal 2030’.

A pandemia afetou a sociedade, sobretudo no que toca ao desemprego e penalizou setores como o comércio e o turismo, especialmente nas áreas da restauração e hotelaria. Esta situação tem efeitos negativos em todo o país, mas acentua-se num concelho que é o segundo destino turístico mais importante a nível nacional e que concentra 40 por cento da capacidade de alojamento turístico.

Este evento centra-se, assim, nestas questões do turismo, tendo já alguns oradores da área confirmados, como Rui Justo, diretor-geral da Balaia Golf Village e membro da Agência de Promoção de Albufeira, e Délio Pescada, administrador da ‘Delio and Partners’.

Ambos estiveram nesta apresentação e deixaram antever alguns dos assuntos que vão levar a debate. Rui Justo, por exemplo, reforçou que há uma “incerteza” quanto ao futuro, depois do setor ter registado “um ano de 2020 com quebras” representativas, amparado apenas por os meses de julho e agosto, em que trabalhou com o mercado nacional.

Espera, em 2021, trabalhar de novo com o mercado nacional, mas também o mercado de proximidade, o espanhol, sublinhando, no entanto, a importância do mercado britânico para o Algarve. Para isso, há que aguardar a reabertura dos corredores aéreos e apostar em mostrar em mostrar que “Albufeira é um destino seguro”.

A estratégia de comunicação aos mercados estrangeiros para voltar a darfôlego ao turismo foi o assunto levantado por Délio Pescada. E usou como exemplo o que a Turquia já fez ao comunicar que todos os trabalhadores relacionados com o turismo vão ser vacinados. “Os gregos já disseram aos ingleses que, assim que estes estiverem vacinados”, serão bem recebidos naquele país, acrescenta, questionando o que irá ser feito em Portugal.

Atesta, aliás, que sem o mercado britânico e apenas com o mercado nacional será difícil sobreviver, assinalando que, só em Albufeira, existem 209 empreendimentos que precisam de trabalhar para gerar emprego e economia. 

E é com a questão do desemprego e das dificuldades geradas pela pandemia da covid-19 que Patrícia Seromenho, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, será também chamada à participação do ‘Albufeira21 Summit’.

Na apresentação falou sobre o que a pandemia provocou, mas também de que este obstáculo tem de ser uma oportunidade para reinventar, pois considera que “nada voltará a ser como dantes”. Lançou a ideia de que as unidades hoteleiras devem tentar encontrar soluções nas áreas da saúde, por exemplo, para criar novas dinâmicas entre setores.

José Carlos Rolo destacou ainda que a “tão falada ’bazuca’ há-de vir, nomeadamente para o Algarve, porque é a região mais prejudicada pela pandemia», mas é necessário saber como aplicar estes fundos. Este evento servirá, assim, para preparar o caminho.

Um dos parceiros deste ‘Albufeira21 Summit’ será o grupo Cofina, tendo sido representado por Eduardo Dâmaso, diretor da revista ‘Sábado’.

O responsável sublinhou que este é um momento “em que é cada vez mais fundamental promover uma discussão sobre como se sairá desta situação pandémica”. E no centro dessa questão está como serão aplicados os fundos da ‘bazuca’.

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