Exposição “Histórias que o rio nos traz” marca o início do centenário de Portimão

O auditório do Museu de Portimão é palco, no dia 24 de fevereiro, às 16h30, da inauguração da exposição “Histórias que o rio nos traz”. Durante esta cerimónia pública será revelado o programa comemorativo do centenário da cidade de Portimão, que, segunda a autarquia, assenta num conjunto de atividades inspiradas nas pessoas e baseadas nas memórias, no presente e no futuro.

A exposição dá a conhecer o resultado da investigação científica efetuada nas últimas décadas, que “reuniu vários fragmentos do passado da cidade, revelando muitas histórias sobre o Arade, que desde a Antiguidade foi um ponto de acesso ao interior algarvio, devido às excelentes condições de porto de abrigo natural do seu estuário, o que levou Portimão, provável ‘Portus Hanibalis’, ‘Portus Magnus’ ou ‘Cilpis’, a crescer em estreita ligação com o rio, inserindo-se numa extensa rede de intercâmbios comerciais e culturais”, refere a câmara.

Devido ao assoreamento do Arade, foram realizadas grandes dragagens no rio e os sedimentos acabaram depositados em praias., sendo descobertos inúmeros vestígios do passado, que são provas da ocupação desta zona desde a pré-história até a atualidade.

“Esses testemunhos de outras eras foram recolhidos pelos membros da Associação Projecto Ipsiis, com quem o Museu de Portimão desenvolve desde 2014 um inovador projeto de investigação, intitulado DETDA – Prospeção com detetores de metais nos depósitos de dragados do rio Arade e da ria de Alvor, merecendo destaque o relevante envolvimento e participação da sociedade civil neste processo”, frisa a autarquia.

Esta exposição no âmbito da arqueologia, que estará patente na sala de exposições situada no piso 0 do Museu até 3 de novembro, permite “a perceção do rio Arade como um repositório de património e a valorização dos vestígios dai provenientes enquanto reflexos materiais das vivências das populações que habitaram a região”.

A edilidade garante que exposição foi “desenhada para provocar sensações”. Assim, esta “propõe um jogo aos visitantes, apresentando peças cuja função é de difícil perceção, dando-lhes a oportunidade de adivinhar a sua funcionalidade, colocando várias hipóteses à escolha”.

Através de objetos e ilustrações de ambientes, o visitante é levado pela corrente das histórias de atividades navais num porto aberto ao mundo, de defesa e de proteção do porto, da vida ribeirinha até às memórias sagradas do rio, sendo deste modo convidado a descobrir fragmentos de um passado que dá a conhecer as histórias que um rio nos traz.

A mostra “Histórias que o rio nos traz” pode ser visitada no seguinte horário: terça-feira das 14h30 às 18h00 e de quarta-feira a domingo das 10h00 às 18h00 até 31 de julho e a partir de 1 de setembro; terça (19h30-23h00), quarta a sábado (13h00-23h00) e domingo (15h00-23h00), apenas durante o mês de agosto.

A comissão executiva deste projeto expositivo é composta pelo diretor científico do Museu, José Gameiro, e pelas diretoras do projeto DETDA, Vera Teixeira de Freitas e Isabel Soares.

Este projeto conta com o apoio da Rede Portuguesa de Museus, na sequência de candidatura ao ProMuseus – Programa de Apoio a Museus, que para o efeito destinou 42.118,40 euros.

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