Faro, Sevilha e Huelva reivindicam comboios de alta velocidade

A Câmara de Faro decidiu juntar-se aos Ayuntamientos de Huelva e Sevilha (Espanha) para exigir uma ligação ferroviária de alta velocidade entre estas cidades.

Os responsáveis pelos referidos municípios “assinaram um manifesto em que instam as autoridades nacionais e comunitárias a comprometer-se pelo desenvolvimento deste corredor ferroviário entre o Algarve e a Andaluzia (Espanha), defendendo a sua inclusão como obra prioritária na Rede Transeuropeia de Transportes e dotação dos fundos necessários para o início dos trabalhos prévios”, revela a autarquia farense.

O manifesto foi assinado pelo presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, a alcaldesa de Huelva, Pilar Miranda, e o alcalde de Sevilha, José Luis Sanz, no âmbito do 1.º Encontro Internacional pela alta velocidade, promovido no Ayuntamiento de Huelva, no dia 13 deste mês.

No documento é referido que “a alta velocidade serviu para o desenvolvimento económico de cidades e regiões que, graças a uma moderna rede ferroviária, registaram um notável crescimento”. Segundo o manifesto, o Algarve e a Andaluzia são dois territórios que “carecem de uma infraestrutura férrea que permita consolidar um crescimento que lhes facilitar alcançar os níveis de atividade que potenciem os seus recursos e condições, não só naturais, mas também as suas infraestruturas hoteleiras e industriais”.

“A ligação ferroviária entre o Algarve e a Andaluzia através de uma linha de alta velocidade que conecte Faro com Huelva e Sevilha seria um marco na conectividade entre dois territórios chamados a ser protagonistas, que partilham o desejo de integrar-se nas grandes vias ferroviárias da Europa”, é também salientado no documento.

Para Rogério Bacalhau, “a criação de um corredor ferroviário atlântico, que coloque a Linha do Algarve em comunicação com o resto da arquitetura da rede ferroviária espanhola, vai permitir a mobilidade eficiente e rápida de passageiros e mercadorias, mas também vem fomentar a coesão territorial e o desenvolvimento social e económico regional e transfronteiriço”, ao mesmo tempo que “permite também dar passos importantes para atingir as metas ambientais de descarbonização”.

O autarca farense sublinhou ainda que “este é um momento único e talvez irrepetível para fazer avançar este projeto, reclamando junto dos Governos e da União Europeia os fundos necessários para o fazer”.

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