Museu de Portimão acolhe exposição ‘the prison photo project’

Foto: Peter Schulthess

O projeto ‘the prison photo project’ será apresentado, pela primeira vez, no sul do país, em Portimão, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

O Museu é, desta forma, o espaço escolhido para acolher a exposição, que será inaugurada no dia 19 de abril e estará patente até 1 de setembro, bem como a conferência Prisões e regimes de detenção em Portugal: antes e depois de 1974, que decorrerá nos dias 19 e 20 deste mês, com a participação de diversos palestrantes de renome.

A conferência tem acesso livre, mas inscrição obrigatória, e será pautada por várias intervenções, quer de representantes da administração prisional portuguesa, quer de elementos dos órgãos de observação nacionais e internacionais, que colocarão no centro da reflexão um tema da atualidade, mas com fortes ligações ao período da ditadura portuguesa. Destacam-se ainda nomes como Maria João Raminhos Duarte, Domingos Abrantes, Francisco Bairrão Ruivo, Paulo Adriano, Daniel Fink, Luís Barbosa, Peter Schultess, Gilda Santos, Paulo Sérgio Pinto de Albuquerque ou Julia Kozma.

No primeiro dia, a conferência terá início às 14h00 e terminará às 18h00. Já no segundo, a sessão decorrerá durante a manhã, das 10h00 às 13h15.

Neste âmbito, já se encontra disponível para consulta o livro de resumos da conferência, bem como o formulário de inscrição, em plataforma online (shorturl.at/mACTW).

Esta é também a quarta vez que a exposição ‘the portuguese prison photo project’ é apresentada ao público. A primeira decorreu em 2017 no edifício da antiga prisão do Porto, que alberga agora o Centro Português de Fotografia (CPF). A segunda foi realizada em 2019 no Museu do Aljube Resistência e Liberdade, enquanto a terceira teve lugar no Arquivo Nacional Torre do Tombo em 2021/2022.

Lançado por Daniel Fink, investigador prisional suíço, este projeto juntou os fotógrafos Luís Barbosa e Peter Schulthesse, a professora historiadora prisional Maria José Moutinho Santos, o antigo diretor do Museu do Aljube Resistência e Liberdade, o professor Luís Farinha, e investigadores prisionais de universidades de Portugal e da Suíça para uma cooperação única, descreve a organização.

A DGRSP autorizou os fotógrafos a captar imagens no interior das suas prisões. Por esta razão, a exposição oferece uma visão transversal dos estabelecimentos prisionais de Portugal, dos maiores aos mais pequenos, dos mais antigos aos mais recentes, incluindo também as prisões para homens, jovens delinquentes ou mulheres.

Luís Barbosa tenta mostrar o ponto de vista dos reclusos, colocando o ambiente em destaque, através de um conjunto de imagens a preto e branco. Por sua vez, Peter Schulthess documenta as prisões numa vertente mais institucional, utilizando imagens de alta resolução e a cores para revelar diferentes pormenores.

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