Onncovida estreia-se em Lagos no ‘Outubro Rosa’

Rafaela Mendes resolveu iniciar o projeto Onncovida em Lagos para ajudar mulheres vítimas de cancro a se valorizarem e a se redescobrirem. A iniciativa toma forma com um curso de sete dias, a decorrer nos dias 19, 21, 23, 26, 28, 30 e 31 de outubro, entre as 19h30 e as 22h30, no Armazém Regimental, em frente à Praça do Infante.

O objetivo é valorizar a autoimagem da mulher com cancro, oferecendo as ferramentas necessárias para melhorar o autoconhecimento, o amor próprio e a relação com o espelho, descreve Rafaela Mendes.

“Temos um pilar que acompanha o projeto que é a parte de autoconhecimento e autoconsciência. Trabalhamos muito essa questão no curso com as pacientes e, a partir dessa vertente interna, vamos começar a abordar temas externos, como o corpo, a nível de estrutura e de linguagem. Vamos depois falar sobre o rosto, da mesma forma. Abordamos a estrutura, o formato e a linguagem que, no fundo é a comunicação não verbal. Depois passamos para o que nos veste e reveste. Quer o corpo, quer o rosto”, descreve a mentora do projeto. A ideia é desmontar por camadas, aprofundado diversas questões, até chegar ao que é ‘visível aos olhos no espelho’.

O projeto já foi lançado no Brasil, onde Rafaela Mendes viveu durante oito anos e a ideia surgiu enquanto lá estava, depois de ter concluído um curso de consultadoria de valorização pessoal. “Queria fazer algo que tivesse impacto na vida da sociedade, algo que deixasse um marco, que faça a diferença”, defende.

Escolheu o cancro, pois é a ‘doença do século’. “Infelizmente há tantas pessoas a serem afetadas por a fragilidade e a delicadeza que esta doença provoca a nível de transformação da imagem que pensei que este seria o caminho”, explica ainda à Algarve Vivo.

Foi no Brasil, num hospital público que visitou em Ribeirão Preto para realizar uma ação integrada no ‘Outubro Rosa’ que contactou com mulheres que estavam a efetuar os tratamento de quimioterapia. “Foi algo muito simples. Apenas fui lá conversar com elas, ensinar a amarrar os lenços na cabeça consoante o formato do rosto, a usar acessórios, colares e brincos que valorizem o rosto e apercebi-me que estas mulheres estavam muito sedentas de informação e de carinho, porque na doença elas são bombardeadas com coisas más, com as consequências, com o que vão enfrentar”, conta.

No entanto, apesar de ser sobre esta patologia, no curso o cancro não fará parte dos assuntos a abordar, exceto nas partilhas de experiências por parte das pacientes, pois a abordagem é o positivismo, a reflexão sobre elas próprias, usando jogos, dinâmicas e até pinturas. A Onncovida surge no sentido de perceber e florescer estas questões, para mostrar que não é pelo momento frágil que estão a viver que devem deixar de se sentir bem.

Apesar de começar em Lagos e ainda não existir previsão de quando será realizado noutros concelhos, Rafaela Mendes, diz que a intenção é expandir o projeto a outras zonas do Algarve e até do país.

Os interessados podem obter mais informações no facebook @amorrquetransforma.

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