Portimão amplia Programa de Desfibrilhação Automática Externa

Desde 2016, o Serviço Municipal de Proteção Civil de Portimão tem implementado um programa próprio de Desfibrilhação Automática Externa (DAE), assegurando aos técnicos e voluntários por si formados autonomia na sua utilização, e garantindo atualmente a presença de um desfibrilhador em todos os eventos relevantes promovidos no concelho. Através desta parceria, estabelecida desde então, com os Bombeiros de Portimão, enquanto entidade formadora acreditada pelo INEM, o número de pessoas aptas a utilizar de forma autónoma um aparelho DAE no concelho já ultrapassou os 250 operacionais, entre bombeiros e técnicos que desempenham funções nas áreas da cultura e desporto do município de Portimão.

No âmbito do Plano de Atividades da Proteção Civil Municipal em curso para 2019, este projeto vai agora ampliar-se a mais duas vertentes, com a instalação de seis DAE de uso comunitário em locais estratégicos nas três freguesias do concelho (Praia da Rocha, Zonas Ribeirinhas de Alvor e Portimão, Alameda da República, Praça 1.º Maio e Mexilhoeira Grande) e a atribuição de quatro aparelhos DAE aos piquetes das forças de segurança do concelho designadamente a Polícia de Segurança Pública, a Guarda Nacional Republicana e a Autoridade Marítima Nacional.

Na passada quarta-feira, 10 de abril, arrancou a formação dos operacionais das forças de segurança, com uma primeira ação envolvendo militares da GNR e agentes da PSP. No total, serão formados mais de 200 elementos destas três forças de segurança existentes no concelho.

Seguir-se-á a formação dos funcionários das Juntas de Freguesia de Portimão, Alvor e Mexilhoeira Grande, e de voluntários nas áreas de influência dos DAE que serão instalados na via pública permitindo, desta forma, o pleno funcionamento destes equipamentos cuja função é salvar vidas através da antecipação desta capacidade em vítimas de paragem cardiorrespiratória.

Com este investimento da autarquia, que já ascendeu ao valor de 28.000 €, pretende-se inverter os dados conhecidos a nível nacional: em Portugal, ocorrem por ano, mais de 10.000 casos de morte súbita de causa cardíaca e, em caso de paragem cardiorrespiratória (PCR) todo o tempo conta, em 57% das paragens cardiorrespiratórias registadas não são realizadas manobras de reanimação, e existe apenas um DAE por cada 10.000 habitantes, pelo que só́ 3% das pessoas que sofrem um PCR em ambiente pré́-hospitalar (fora do ambiente hospitalar) sobrevivem.

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