Rui Guerreiro (AABV): “Tento ser um exemplo para os mais jovens”

@Armando Caiadas

in Lagoa Informa Jornal nº169


A 28 de novembro, Rui Guerreiro, atleta da Associação Académica da Bela Vista (AABV), fez história e conquistou o título nacional de corta mato longo de veteranos, mais de 50 anos, numa prova disputada em Vale de Cambra. Em breve conversa com o Lagoa Informa, fala um pouco da sua história e do que sentiu.

Foi uma surpresa este título?
Era algo em que estava a trabalhar, mas ao mesmo tempo foi uma surpresa. Ambicionava chegar aos três primeiros lugares e tinha dúvidas em relação à conquista do título. Estava com alguma confiança, pois em novembro, numa prova nos Açores tinha sido vice-campeão de meia maratona e sentia que estava em boa forma. Dei tudo o que tinha, o trabalho realizado antes deu frutos e acabei por vencer isolado.

Que significado tem esta conquista?
Tem muito. Atualmente corro por duas razões: porque me faz bem e também para ser um exemplo para os mais jovens, especialmente para os meus filhos. Houve também algum reconhecimento por esta conquista, que é a prova de que desde que trabalhemos, tudo é possível.

Como lhe tem corrido a época?
Está a ser boa. Tivemos duas competições: no nacional de meia maratona, que como equipa masculina fomos campeões e esta de corta mato longo que conquistei o título nacional. É um início de época muito bom, tanto a nível individual como coletivo.

Há quanto tempo pratica atletismo?
Nunca corri na vida até há cinco anos, quando fui desafiado por uma amiga, em Lagos, para uma corrida organizada pelos bombeiros. Correu bem e depois participei na São Silvestre em Quarteira. A partir daí não parei e no ano seguinte comecei a fazer competição.

Foi uma mudança grande para quem não corria?
Foi uma cura. A partir do momento em que comecei a correr, deixei de fumar e até de ir ao café ao final do dia beber uma ou duas cervejas. Agora quase nem bebo.

Quais são os objetivos daqui para a frente?
A nível coletivo é revalidar o título de campeões de meia maratona em maio, prova que decorre em Lagos. A título pessoal, passa por já a 8 de janeiro tentar ser campeão regional de estrada e, claro, procurar vencer por equipas.

Quer deixar uma mensagem para as pessoas?
Apenas que posso servir de exemplo. Não tinha uma vida muito saudável, mas ainda fui a tempo de mudar, há cinco anos. Passei a fazer atletismo, que me ajudou no corpo e na mente e contribuiu para uma maior autoconfiança. A corrida para mim é uma terapia. Saio do trabalho e vou correr. Quando regresso a casa, não volto cansado, volto novo em termos de mente e de espírito.

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