Tertúlia do Marisco: ‘do mar para casa’

A Tertúlia do Marisco é o novo espaço, situado junto ao Centro Comercial Aqua Portimão, na Rua de São Pedro, que abriu a 21 de setembro. A ideia partiu de Nuno Santos, que enquanto consumidor não encontrava um espaço, onde pudesse encomendar para take away uma mariscada ou diferentes refeições com estes frutos do mar. O nome, por sua vez, remete para o convívio entre amigos com uma boa mariscada pela frente.

Tinha um estabelecimento que, no momento, estava vazio, e decidiu rentabilizá-lo, aproveitando a localização e o estacionamento nos arredores. É assim que surge a ‘Tertúlia do Marisco’. Há marisco vivo, como noutros espaços comerciais semelhantes, mas a grande diferença está ligada ao facto de o cliente poder escolher e levar já pronto em receitas mais elaboradas.

“Podemos confecionar ‘lagosta grelhada com molho à tertúlia’ ou ‘com molho à americana’, ‘ameijoas à bulhão pato’, ‘conquilhas’, quando é altura, entre outros pratos. Temos de tudo um pouco. O conceito é a pessoa chegar aqui, levar para casa, sentar e comer. Nem sequer precisa de empratar em casa”, descreve Nuno Santos, que tem tido o apoio da esposa Telma nesta nova aventura.

Arquiteto de formação, confidencia que esta necessidade surgiu enquanto consumidor, um dia, numa data festiva, em que lhe apetecia comer uma mariscada, depois de um dia de trabalho, mas que queria ficar no conforto do lar. E sem ter de cozinhar…
Investiu então na ideia e concretizou-a. Com menos de um mês de funcionamento, diz estar a ter um ‘feedback’ positivo.

Quase um restaurante
O espaço com aquários, cheios de marisco vivo, até poderia bem ser um restaurante, mas não tem lugares sentados. Isto porque, há uma copa, ao fundo, onde a chefe prepara os mais diversos pratos, seguindo todas as regras de HCCP e de higiene.

“Prepara o camarão, tira a tripa, escala e coloca no forno com os ingredientes que dão sabor ao prato. As sapateiras, por exemplo, tiramos do aquário, escolhemos como se fôssemos um cliente e confecionamos. Pode ser a sapateira cozida, por si só e desmanchada, ou recheada com a sua carne. Se for assim temos duas opções, uma com ovo cozido e ‘pickles’ e outra com ‘brandy’ e é a nossa cozinheira que faz os molhos”, assegura.
“Ela quase nasceu com os pés na Ria de Alvor, tem muitas receitas próprias e sabe confecionar muito bem tudo o que vem da água salgada”, brinca Nuno Santos.

Qualidade é imperativo
No espaço, além do marisco, há outros produtos para complementar a oferta, como o vinho, algumas sobremesas e salgados congelados.
A garantia, a nível do marisco é a da qualidade, afirma. “O produto que temos é nacional, exceto alguns mariscos que, por uma situação pontual, tenham de vir de fora. Não faz sentido ter agora santola nacional que está vazia, por isso temos as francesas que são muito boas e que, nesta altura, estão cheias e ovadas. Uma boa mariscada leva sempre perceve, mas agora está interdito, por isso não vamos comercializar. Temos o cuidado de ver e adaptar todo o marisco, em função do que é permitido e da sua qualidade”, diz.

Há, assim, diversos cuidados a ter. O primeiro passa logo pela manutenção dos aquários, seguindo-se a seleção da matéria prima e a utilização de filtros biológicos, à base de corais, que têm bactérias boas que combatem as más. “Ainda assim, a seleção que nós fazemos de todos os mariscos que vão para os aquários é o mais importante”, conta o empresário portimonense.

Na ‘Tertúlia do Marisco’ costumam estar duas pessoas a trabalhar, a chefe de cozinha e a “Cláudia, que está ao balcão, além de mim e da minha esposa”. “Sempre que necessário, damos uma ajuda, mas “vamos colocar outra pessoa que colabora connosco noutra empresa nossa e que é da nossa confiança”, conclui Nuno Santos, satisfeito pela aceitação dos clientes.

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