Francisco Martins: “Esta foi a FATACIL mais difícil de fazer”

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Num primeiro balanço, o presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Francisco Martins, conta os problemas sentidos para a organização da 37º edição da feira, que encerra hoje, domingo, com o concerto de Rui Veloso.

José Manuel Oliveira

“Esta FATACIL foi certamente a mais difícil de fazer”. Quem o diz, em declarações ao ‘site’ da revista Algarve Vivo, é o presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Francisco Martins, a poucas horas do encerramento da 37ª. edição desta Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria do concelho. Os problemas devem-se a uma questão que considera muito simples: “foi a Câmara a organizar (depois da extinção da empresa municipal Fatasul – n.d.r.), houve necessidade de adaptar toda a parte legal e burocrática para realizar este evento, como proteção de regulamentos, tabelas, taxas, além de liquidar toda a dívida que vinha de trás. Portanto, foi um ano extremamente trabalhoso.”


“Muitos não acreditavam que esta feira estivesse de pé”
Depois de muitos expositores, entre os quais a artesã Odete Rocha, de Loulé, que participa há 36 anos na Fatacil com cestos, terem lamentado a “inscrição muito atrasada, em Maio, Junho quando estávamos habituados a ser em Janeiro”, o autarca Francisco Martins aceita as críticas e explica os motivos da mudança.

Foi normalíssimo isso acontecer. E aproveito para deixar o meu enorme agradecimento a todos aqueles que estiveram envolvidos na organização desta feira a nível do município e àqueles que aceitaram, mesmo alguns já com muito pouco tempo para estarem cá, o nosso convite. De facto, foi um trabalho muito grande, no dia da inauguração muita gente não acreditava que esta feira estivesse de pé e afinal tem sido um sucesso com muitos mais visitantes num ambiente de festa, estando a esmagadora maioria das pessoas muito satisfeita com as alterações aqui introduzidas”.

Após ter participado, na sexta-feira, ao final da tarde, no edifício do restaurante da FATACIL, na cerimónia da entrega de diplomas aos produtores de vinhos medalhados no IX Concurso de Vinhos do Algarve 2016, Francisco Martins questionado quanto à possibilidade de esta edição da feira atingir os 200 mil visitantes respondeu.
“Nunca entrei nessa guerra de números. Aliás, até me rio sempre cada vez que vejo as pessoas a esgrimirem números. De vez em quando leio a imprensa e vejo: este ou aquele evento teve cem, teve duzentos, teve trezentos. E eu digo que qualquer dia temos todos um milhão! Porque todos querem ter mais do que o outro. Portanto, não entro nisso.”

O autarca defende que, para si, o barómetro é sempre outro. “O grau de satisfação de quem me visita e o grau de satisfação de quem cá vem expor. Isso é que me agrada. Porque ter cem mil, ter mais cinquenta e irem daqui insatisfeitos, a mim não me diz nada. Tivemos há poucos dias um concerto em que o recinto esteve completamente esgotado. E eu digo: prefiro a FATACIL num dia normal com aquela média de visitantes grande, mas em que todos circulamos aqui e usufruímos do espaço, do que ter uma concentração num dia e dois do evento, em que ninguém se pode mexer. Dessa forma, as pessoas não vêm ver a feira, mas sim o concerto”
Em ano de mudanças no recinto, o presidente da Câmara de Lagoa aproveita para referir que tem contactado vários expositores: “Sempre que há algum problema, sou eu que dou a cara. Resolvemos algumas situações o melhor possível. Tenho falado também com outros. Há alterações de espaço, passámos o ‘Amar a Terra’ e o ‘Algarve’ para o ‘coração’ da feira. Já tive a oportunidade de contactar com muitos dos expositores e todos me disseram que ficaram a ganhar com isso, quando havia muitas reticências da parte deles com a mudança, o que é normal. O ser humano é assim, tem medo das mudanças. Portanto, a recetividade tem sido boa. A esmagadora maioria dos expositores efetivamente tem sentido isso.”

 

 

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