Falta muito pouco para a construção do novo hospital de Lagos

A discussão no Parlamento sobre a petição pública pela construção do novo hospital de Lagos foi um enorme sucesso. Deputados de todos os quadrantes saudaram a iniciativa e resolveram aprovar não um, não dois, mas logo três projetos de resolução de apoio à reivindicação.

Agora para que o hospital seja construído falta, portanto, pouca coisa. É só que os documentos sejam discutidos numa comissão parlamentar, que sejam outra vez votados no plenário e enviados ao Governo, que, como é do protocolo, os enfiará numa gaveta. E que depois se faça nova petição, a qual será entusiasticamente apoiada pelos deputados e enviada ao Governo que a voltará a arquivar…

Portanto, é já no próximo Dia de São Nunca à Tarde que o problema deverá ficar resolvido.

Protesto fora de prazo

A divulgação do plano de rotas da TAP provocou um sismo político de grau 11 na escala de Richter (que, como se sabe, só tem 10) no Norte, com epicentro no Porto. Autarcas locais e políticos de todos os quadrantes atiraram-se com violência aos responsáveis da companhia aérea por desprezarem o aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Há relatos de que o terramoto até foi sentido em Lisboa, pelo menos pelo primeiro ministro e pelo Presidente da República, que tomaram as dores dos homens do Norte. Em face disso, a administração da TAP logo colocou o rabo entre as pernas e veio dizer que, afinal, vai fazer mais voos para o Porto.

A polémica apanhou os responsáveis algarvios um bocado distraídos. Só quando a questão do Norte estava praticamente resolvida é que os presidentes da AMAL e do Turismo do Algarve fizeram um documento conjunto a cascar na TAP.

Trata-se de um protesto que, até agora, não mereceu resposta ou reação da empresa, de António Costa ou de Marcelo, o que significa que já deve ter dado entrada fora de prazo…

Portimão é uma Nação e até já tem hino

O presidente da Junta de Freguesia de Portimão mandou fazer o hino da cidade, o qual está a revelar-se um grande sucesso nas redes sociais.

A tal ponto que já há quem apele a Álvaro Bila que não se fique por esta iniciativa. Querem que, a seguir, mande fazer uma bandeira, declare a independência e se candidate ao cargo de Presidente da República de Portimão.

PS prepara dossier para oferecer à oposição

Fartos de, no período de confinamento, ficarem presos em gabinetes esconsos do Parlamento ou nas suas próprias casas, assim que foi possível, os deputados do PS/ Algarve viajaram para sul para, supostamente, conhecerem em pormenor os problemas com que a região se depara.

Inventaram uma coisa a que chamaram os Estados Gerais do Algarve e, ao longo de uma semana, andaram por aí em reuniões e a visitar empresas, estabelecimentos de saúde, instituições e coletividades.

Agora vão preparar um extenso dossier com todos os problemas que encontraram com que se depararam e enviá-lo, de forma anónima, aos seus colegas da oposição.

É que, por solidariedade partidária, não convém que sejam eles próprios a chatear muito os camaradas do Governo.

Autarcas surpreendidos com colega de Silves

Foi a medo que, numa reunião da AMAL, foi levada a votos a proposta de cancelamento dos grandes eventos de Verão da região. O objetivo era que a medida contasse com o apoio unânime dos presidentes de Câmara, mas havia algum receio sobre a reação da autarca de Silves, Rosa Palma, que, como se sabe, foi eleita pela CDU.

Os seus colegas temiam que ela insistisse na realização da Feira Medieval. Podia, por exemplo, propor que se entregasse t-shirts da CGTP a todos os visitantes. Isso faria com que o vírus COVID-19 pensasse que se tratava de uma manifestação sindical e se mantivesse bem afastado.

No entanto, Rosa Palma surpreendeu todos e mostrou-se em consonância com os restantes autarcas pelo cancelamento dos eventos. Perdeu-se, assim, uma oportunidade de ouro de promoção do movimento sindical.

A minha máscara é melhor que a tua!

Quando a Câmara de Portimão começou a distribuir máscaras pela população, os cidadãos de Lagoa ficaram insatisfeitos sem perceber porque é que “eles têm e nós não”.

Mas, como a vida dá muitas voltas, agora há queixas do outro lado da ponte. As máscaras de Portimão são cirúrgicas – supostamente só deviam ser usadas uma vez – e foram distribuídas há algum tempo, pelo que em muitas casas o stock já acabou.

No caso de Lagoa, como se trata de material reutilizável, o pessoal pode andar mascarado muito mais tempo. Com sorte, até ao Carnaval.

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