Festa da Família Agrária recriada em Lagoa

Lagoa recriou, no fim de semana de 27 e 28 de maio, a ‘Festa da Família Agrária’, uma das celebrações religiosas que mais marcaram a população nas décadas de 60 e 70 do século XX.

O Município de Lagoa deu o mote, integrando esta festa nas comemorações dos 250 anos da criação do concelho. 

Assim, com o apoio da Fábrica da Igreja de Lagoa, das coletividades do concelho, do Convent’Bio e da população em geral, realizou-se a grandiosa procissão de Velas, no sábado, e a procissão da ‘Família Agrária’ no domingo, tendo partido da Capela do Carmo em direção à Igreja Matriz. 

Como era tradição, na procissão, participaram agricultores e proprietários rurais, trazendo os seus tratores e alfaias, gente de todos os sítios do concelho, empunhando as faixas que indicavam de que zona do concelho eram, o andor com a Nossa Senhora de Fátima, uma vez que esta procissão solene era em sua honra e consistia na grande manifestação da fé católica de Lagoa.

O significado e simbolismo da Festa da Família Agrária era-lhe conferido por cinco aspetos: a Veneração a Nossa Senhora de Fátima, que fazia sair à rua a imagem da Igreja Paroquial; a Missa Campal no ‘Carmo’, mais tarde na Adega, com homilia do Bispo do Algarve e ofertório de produtos agrícolas; o cortejo processional dos ‘dísticos’, exibidos ao alto pelos naturais de todos os lugares da Paróquia; a participação dos tratores e alfaias agrícolas, qual retrato da economia de subsistência no tempo do Estado Novo; o louvor ao Trabalho e o seu encadeamento com a mensagem Cristã.

Ficaria conhecida como ‘Festa do Trabalho’, por promover a sua glorificação à luz da mensagem cristã; ‘Festa dos Tratores’, por dela tomarem parte agricultores e proprietários rurais com as suas alfaias; ou ‘do Carmo’, por se realizar no antigo mosteiro de clausura de frades carmelitas, na quinta agrícola da família Cabrita.

“Quero em nome do Município de Lagoa agradecer a todos e a todas que tornaram a recriação da Festa da Família Agrária possível. Desde os funcionários do município, à Fábrica da Igreja, às coletividades, ao Convent´Bio e à população. Os momentos que revivemos são uma bonita homenagem à nossa história e à nossa identidade”, referiu, na ocasião, Luís Encarnação, presidente da auatarquia. 

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