PCP preocupado com Serviço de Medicina do Hospital de Lagos

O Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português (PCP) denunciou “problemas” no Serviço de Medicina do Hospital de Lagos, como falta de profissionais de saúde e de material clínico, bem como equipamento obsoleto.

A situação foi denunciada ao PCP pela Direção Regional de Faro do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), através de um abaixo-assinado subscrito pela equipa de enfermagem daquele serviço.

“O Serviço de Medicina do Hospital de Lagos, com 40 camas, dispõe de apenas 33 enfermeiros, quando deveria ter 47 de acordo com as dotações seguras dos cuidados de enfermagem. Esta carência é agravada pelo facto de vários enfermeiros ausentes, por baixa médica prolongada, não serem substituídos”, descreve o PCP.

O Partido explica ainda que “o insuficiente número de enfermeiros implicou uma redução destes profissionais nos turnos da manhã, tarde e noite de 8, 5 e 4 para 6, 4 e 3, e à acumulação de mais de 500 dias de descanso por gozar”.

Assinalam ainda os enfermeiros, no seu abaixo-assinado, que esta carência de recursos humanos se traduz em “cansaço físico e psicológico acumulado” que “faz com que se corram riscos acrescidos, não só de acidentes de trabalho, mas também da possibilidade de erro”.

No seu abaixo-assinado, os enfermeiros do Serviço de Medicina do Hospital de Lagos assinalam também a carência de assistentes operacionais, implicando uma redução destes profissionais de saúde nos turnos da manhã, tarde e noite de 6, 4 e 3 para 4, 2 e 2, respetivamente, e a ausência de médicos especialistas nos turnos da tarde e da noite e aos fins-de-semana.

Além da falta de recursos humanos, o abaixo-assinado denuncia ainda a rutura, embora intermitente, de material como, por exemplo, sistemas de soro, fraldas e máscaras para aerossol e ainda alguma medicação. Há ainda equipamento obsoleto como camas articuladas manualmente, cadeiras de rodas sem apoio de pés e ar condicionado.

Assim, o Grupo Parlamentar do PCP, por intermédio dos deputados Paulo Sá, eleito pelo Algarve, e Carla Cruz, questionou a ministra da Saúde Marta Temido sobre a situação.

Os deputados querem saber que medidas urgentes o Governo tomará para garantir que o Serviço de Medicina do Hospital de Lagos possa contar com um número adequado de enfermeiros, assistentes operacionais e médicos especialistas.

Querem ainda saber que medidas serão tomadas para permitir o gozo (ou o pagamento) dos mais de 500 dias de trabalho em dívida aos enfermeiros deste Serviço e como justifica o Governo a rutura, ainda que intermitente, de material diverso, bem como quando será substituído o equipamento obsoleto existente naquela unidade de saúde.

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