Som Riscado regressa a Loulé em novembro

Após ter estado inicialmente programado para março, o Som Riscado – Festival de Música e Imagem de Loulé está de regresso em novembro, de 19 a 22, e os bilhetes já estão à venda nos locais habituais, estando a lotação sujeita às regras de higiene e segurança em vigor de modo a assegurar as melhores condições a artistas, técnicos e públicos. 

A 5ª edição do Festival, que se carateriza por uma abordagem inovadora e alternativa ao nível do som e da imagem, trará a Loulé não só nomes destacados nas suas áreas – alguns deles com carreira a nível internacional –, como experiências surpreendentes assentes em diálogos experimentais entre música e imagem. 

Tal como em edições anteriores, o Som Riscado procura sempre novas abordagens exploratórias em torno do som/arte sonora, procurando não só chegar a um público mais generalista como também a franjas mais segmentadas (nichos) e minorias de destinatários com outros gostos, interesses e motivações menos alinhados com o mainstream.

A programação inclui Surma – referência na área da música experimental (pré-estreia nacional de temas do novo disco), Joana Gama, Luís Fernandes e Drumming GP (estes três junto ao artista visual Pedro Maia, sediado em Berlim, num espetáculo de grande impacto, em estreia a sul, que encerra o festival), para além da dupla Frankie Chavez & Peixe com o projeto “Miramar”, considerado pela prestigiada revista Blitz o terceiro melhor disco nacional de 2019. Soma-se a estreia nacional do primeiro disco “Lugar Nenhum”, do projeto algarvio Grafonola Voadora & Napoleão Mira.  

No campo da investigação e experimentação sonoras, Victor Gama – referência mundial neste domínio – estará pela primeira vez no Algarve, com uma proposta à volta das temáticas nuclear e ecológica, a par das prestigiadas estruturas Sonoscopia (Porto) e Companhia de Música Teatral (Lisboa). 

A componente da encomenda volta a ser privilegiada nesta programação do Cineteatro Louletano, incluindo artistas e estruturas de ensino sediados no Algarve. O desafio lançado foi o de conceberem a componente visual de vários projetos musicais que integram o cartaz: casos da dupla Camille Leon [nome artístico de Joana Gomes] e Inês Barracha que vão trabalhar com Surma; e dos alunos do curso de Imagem Animada da Escola Superior de Educação e Comunicação (ESEC) da Universidade do Algarve que vão colaborar com quatro bandas algarvias, com curadoria do Caribe Ibérico. 

O Som Riscado também vai proporcionar um encontro inédito entre Victor Gama (acompanhado de Salomé Pais Matos) e um ensemble da Orquestra Clássica do Sul dirigido pelo Maestro Rui Pinheiro num espetáculo multimédia, ‘Vela 6911’, que já foi apresentado nalgumas das principais salas a nível mundial e que abre a edição deste ano do Som Riscado. 

Não faltará ainda programação a pensar nas famílias (instalações e espetáculos), bem como uma vertente formativa em torno de universos mais experimentais, em articulação com a comunidade escolar.

O Festival Som Riscado é uma organização da Câmara Municipal de Loulé com produção do Cineteatro Louletano e decorrerá em vários cenários: Cineteatro, Convento de Santo António, Escola Secundária de Loulé, Palácio Gama Lobo e Auditório do Solar da Música Nova.

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